quinta-feira, 17 de setembro de 2009

REABERTURA OFICIAL

Apesar do meu regresso já ter sido há uns mesinhos, acho que só agora consegui voltar a abrir o blog. A verdade é que a experiência de Harvard foi e continua a ser marcante e como boa portuguesa, as saudades impedem a vontade de recordar bem os pormenores. Mas decidi hoje que ainda tenho muito a contar e portanto aqui declaro:

A REABERTURA OFICIAL DO "ENTER TO GROW IN WISDOM" !

XOXO

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Graduation Week



Durante a semana que hoje termina, decorreram as cerimónias da "Queima das Fitas" harvardiana. Os alunos do último ano, passaram a semana em celebrações várias: um jogo dos Rex Sox, uma visita a um parque temático, desporto e concertos. Aos que já me conhecem sabem que me emocionam estas cerimónias, os ciclos que terminam, os anos que se deixam para trás. E mesmo, não me dizendo respeito, fui participando naquilo que era possível e dava comigo a enxugar uma lagrimita de cada vez que amigos se abraçavam ou famílias tiravam fotos. Em particular gostei do concerto que a Banda de Harvard deu anteontem. Nela se tocaram as principais canções da Universidade e os antigos alunos juntaram-se aos novos para entoar estes canticos. Ver todos aqueles velhotes da classe de 1949 (cujo reencontro também decorreu esta semana) juntarem-se aos nosso graduados foi mesmo emocionante (desculpem lá a lamechice...).

Para terem ideia, este é o hino de Harvard:


Fair Harvard

Fair Harvard! we join in thy Jubilee throng,
And with blessings surrender thee o'er
By these festival rites, from the age that is past,
To the age that is waiting before.
O relic and type of our ancestors' worth
That hast long kept their memory warm,
First flow'r of their wilderness! Star of their night!
Calm rising thro' change and thro' storm.
To thy bow'rs we were led in the bloom of our youth,
From the home of our infantile years,
When our fathers had warn'd, and our mothers had pray'd,
And our sisters had blest thro' their tears.
Thou then wert our parent, the nurse of our soul;
We were molded to manhood by thee,
Till freighted with treasure thoughts, friendships and hopes,
Thou didst launch us on Destiny's sea.
When as pilgrims we come to revisit thy halls,
To what kindlings the season gives birth!
Thy shades are more soothing, thy sunlight more dear,
Than descend on less privileged earth.
For the good and the great, in their beautiful prime,
Thro' thy precincts have musingly trod,
As they girded their spirits or deepen'd the streams
That make glad the fair city of God.
Farewell! be thy destinies onward and bright!
To thy children the lesson still give,
With freedom to think, and with patience to bear,
And for right ever bravely to live.,
Let not moss-covered error moor thee at its side,
As the world on truth's current glides by
Be the herald of light, and the bearer of love,
Till the stock of the Puritans die.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sardinade

Enquanto fiz o doutoramento, mantive sempre em mente a possibilidade de voltar às minhas origens. Talvez por isso não procurava grande contacto com as comunidades portuguesas no estrangeiro. Reuniões de portugueses e brasileiros, fado e samba, bacalhau e caipirinhas, cristianos e kakas, enfadavam-me. A saudade, que não é brasileira, levada ao extremo, quando eu queria era conhecer o que era novo, pesava. Por estes motivos surpreendi-me ao aceitar o convite para uma sardinhada em honra dos Santos. A sardinade como se entitulava o evento teve lugar numa sala de festas num condomínio (de luxo) perto do MIT. Foi...especial. Mal cheguei, senti logo que não pertencia ali. Ninguém falava comigo nem com o R. e pusemo-nos ali num cantinho...Passados uma meia horita lá apareceu uma cara conhecida. Um tipo que faz investigação em Harvard e que tem cerca de trinta e cinco anos, acompanhado por uma brasileira de expressão inteligente. Ele olha para mim e faz um gesto de extrema simpatia de nos apresentar à sua companheira, que com um ar ainda mais inteligente exclama: " Gente! São seus pais???". Sem comentários. A sardinha ficou-me entalada no gorgomilho...e jurei que forrós e arraiais no estrangeiro, nunca mais!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Geekdom


A Universidade de Harvard é um local mágico. O conhecimento transpira pelas paredes dos edifícios e eu transito entre um estado de iluminação e uma sensação de ignorância e humildade. Esta sensação é ainda maior dentro das várias bibliotecas espalhadas pelo campus. Mas as bibliotecas merecem um post à parte, e este serve para vos falar de um local mágico que é a livraria da Coop. Tal como o próprio nome indica, a livraria foi fundada por uma cooperativa de alunos no final do século XIX, e hoje é a catedral do livro em Cambridge. Quatros pisos de livros, uma sala dedicada a viagens, um café o estilo Starbucks, uma secção de revistas (com especialidades que o comum dos mortais nem sonha existir), e melhor do que tudo isto, mesinhas espalhadas por toda a livaria, para que as pessoas possam estudar e ler. Um sonho. Sim, sou geek e adoro!

terça-feira, 26 de maio de 2009

The one where she didn't sleep

Esta noite não dormi. Estou rabugenta como uma velha. Às quatro e meia acordei, ainda mais acordada do que estou agora. Duas reviravoltas na cama e percebi que a insónia se estava a instalar. Levantei-me para comer duas OREO e beber um leitinho, que toda a gente sabe que é remédio santo para os males de sono. Ou foram poucas as OREO ou o leitinho não tem as qualidades do nosso, às seis ainda estava acordada... Li, revirei-me e lá adormeci. Quarenta e cinco minutos...passados e ligam-me do ISEG. Pois é, aquelas almas não se lembram que aqui são menos cinco horas. E pior, nem sei quem me ligou, só que o número era do ISEG. Mas foi melhor assim...a pessoa poderia ter tido uma má recepção. Mais duas reviravoltas e voltei a adormecer. Um recorde de outros quarenta e cinco minutos... às sete e quarenta e cinco um martelo pneumático volta a despertar-me dos braços de morfeu. A praguejar, enfio uns tampões, mas nem isso...o barulho é tanto que até a cama abana. Com olheiras até aos pés, agitei a bandeira branca...Esperamos por noites melhores!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Brown University

Este fim de semana eu e o R. fomos a Providence visitar um meu caro amigo belga. Providence é mesmo aquela cidade da série de TV. Aquela com a médica que volta a casa e fazamigos...a mesma que entra no CSI. Estão a ver? Gostei. A cidade é pequena como convém. Com jardins que nos fazem corar de inveja. A universidade, uma das da Ivy League, é antiga e o campus uma sonho de recantos floridos. Chegámos no dia da Graduação e uma profusão de capas negras deu-nos as boas vindas. O meu amigo G. vive ali há alguns anos. É uma pessoa deliciosa, que toca piano e tem uma gata espertíssima. A sua casa respira conforto e por momentos, só me apetecia aninhar-me nos cobertores que tinha no sofá e ficar assim. Porque essa é a minha ideia de felicidade: uma terra pequena e um cobertor farfalhudo, será assim tão difícil?

Harvard Business School

Desde que voltei de Portugal que se abriu um novo mundo aqui em Cambridge. A J. mostrou-me o caminho do bem, que é como quem diz o caminho da Harvard Business School. A Business School é uma das mais prestigiadas escolas de Harvard, considerada a melhor escola do mundo para gestão. Isto implica ou é equivalente a ter montes de dinheiro, pilim, massa, cacao, papel. Sim, são ricos: a sala de estudo tem sofás de pele e várias lareiras, a sala de convívio tem oito...sim! oito televisões plasma, e a cantina tem, contemporâneamente, um chefe italiano, um chinês e um grego, um gourmet de saladas e sandwiches e um mestre de sushi...Ah, e a zona das sobremesas parece saída das melhores pastelarias parisiences. Tudo isto se completa com uma esplanada ao estilo Palácio de Buckingham. É de ficar sem palavras. Além de tudo isso, as pessoas são simpáticas, convidam-nos para tomar café e lanche e há sempre um termo de café à disposição na sala dos professores...sim, porque toda a gente sabe que um matemático é uma máquina que transforma café em teoremas...!
O único senão da HBS é ficar a dois quilometros e meio de casa...mas serve de exercício!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Gaspacho

Não vale a pena desafiar o destino. Aqui não se come sopa. Mesmo depois de me terem oferecido as colheres. Mesmo depois de ter comprado uma varinha mágica. O destino não quer que eu coma sopa. Passo a explicar. O começo do calor fez com que me viesse a ideia brilhante de fazer gaspacho. Compra tomate, pepino, pimento, corta tudo aos bocadinhos. E tritura...O barulho da varinha é infernal. Mas o que se passa com esta fantástica varinha mágica, uma autêntica pechincha, comprada na farmácia (sim sim...na farmácia) - pensei eu. Mais dez minutos de barulho infernal, até que percebi que apesar do barulho, a lâmina da varinha não rodava. E porquê? Porque se tinha queimado por dentro. Estava derretida. Do gaspacho ficou uma espécie de picadinho de tomate. Da varinha...uma espécie de papa de plástico. O barato sai caro e de agora em diante só se come minestrone...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

NY CITY II



No outro dia perguntaram-me qual a minha cidade preferida (isto foi na sequência de ter revelado que não conhecia Paris). Hesitei. Londres está-me no coração, mas Nova Iorque...Nova Iorque fica no sangue!

E por esta razão é fácil encontrar bons motivos para revisita-la. Nova Iorque na Primavera parece-me uma óptima razão. E bem acompanhada lá fui! E mais uma vez, a cidade rendeu os seus encantos.

De salientar:
- o restaurante Spring Natural (com um bolo de cenoura de lamber os dedinhos...sim sim...mesmo no Soho há coisas que justificam lamber os dedinhos.
- o restaurante The Place, em Greenwich Village, um cantinho próprio para encontrar o príncipe encantado (ou para ver o próprio príncipe com um novo olhar).
- o concerto de jazz no Village Vanguard (não fica bem dizer que passei pelas brasas ao som do saxofone...)
- Times Square by night
- O almoço no Museum of Modern Art
- O brunch em East Village
- Central Park todo florido.
- My "fabulous little black dress"
- A "Public Library" linda linda linda.
- O meu primeiro espectaculo da Broadway (ver posts seguintes)
- Os cannoli em Little Italy.

Fico com vontade de gritar:

Start spreading the news, Im leaving today
I want to be a part of it - new york, new york!

XOXO

terça-feira, 12 de maio de 2009

A Bicicleta Gina

Quando cheguei a Somerville deparei-me com uma cidade onde todos andam de bicicleta e as há de todas as cores e feitios. Grandes pequenas, velhas novas, ferrugentas e reluzentes. A compra da minha bicicleta (uma pasteleira antiga) foi, tal como tudo o resto uma aventura. Procurei na Lista do Craig (atenção, isto foi antes do famigerado assassino da Craig's List ter atacado) e encontrei um rapaz que vende bicicletas em segunda mão. Contrato de trinta e um de boca: compras agora por 80, devolves no fim por 40. E por 40 dólares fiquei com a minha Gina. Não é reluzente, nem nova e para mim até é alta...mas tem sido uma amiga à maneira...Mas porque é que em Lisboa não se pode andar de bicicleta...Diabo das Colinas...!

domingo, 19 de abril de 2009

Páscoa em Nova Iorque

Pois é, isto de passar muito tempo sozinha tem que se lhe diga, e a mim criou-me a vontade imensa de seguir a J. e o P. no seu turismo nova-iorquino e não passar a Páscoa sozinha em Boston. Nova Iorque não é novidade, já lá estive algumas vezes, e sempre com muito entusiasmo. Esta visita pascoal veio reforçar, que em Nova Iorque há sempre algo de novo.
Coisas novas que eu fiz:

- Fui ver o prédio dos Friends (para quem se está a questionar...estou a falar da famosa sitcom);
- Descobri que não existe o Central Perk
- Fui ver a casa da Carrie Bradshaw
- Descobri que não é no Upper East Side (o bairro chique lá da zona), mas fica na giríssima East Village.
- Bebi um cocktail sozinha num bar (o Public)
- Entrei na Catedral de Saint Patrick (sozinha, não me lá apanham...!)
- Fui comer brunch à Kitchenette
- Descobri que adoro ovos benedict (escalfados...)

Prometo fotos nos próximos posts!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Dirty Dancing

Uma entrada com o título de Dirty Dancing num blog intitutlado Harvard Wisdom pode parecer pouco apropriada. Mas, como vos disse, durante a semana da Páscoa, decidi que precisava de umas férias. Coincidentemente, tinha como visitas um casal de amigos e portanto, lá tivemos de nos dedicar à dura tarefa do turismo. Muitas histórias há para contar destes dias. A J. e o P. foram uma óptima companhia e divertimo-nos muito os três (é claro que eu fui o emplastro das férias, já que eles são recém casados...). Não sei bem como, a dada altura eu e a J. convencemos o P. a ir ver o musical Dirty Dancing que estava em cena na Opera de Boston. Comprámos os bilhetes num quiosque chamado BOSTIK (não é de morrer???) e lá fomos nós ao fim do dia ver o dito. Quem me conhece bem sabe que disse muitas vezes que não sou fã de musicais. Ora, não era fã de musicais, até ver um musical profissional. Não é à toa que a Broadway é a meca deste género artistico. Os tipos sabem o que fazem. O musical foi uma viagem ao passado em que se punha a velhinha cassete de video em repeat e se via o filme até aprender de cor as frases dos personagens e todos os passos de dança. É claro que na altura se esperava que mais cedo ou mais tarde na nossa vida aparecesse um Patrick Swayze de blusão de cabedal, para nos dizer : " Oh I had the time of my life...and owe it up to you...!". O musical foi genial: bailarinos maravilhosos, cantores que fariam corar alguns dos nossos actores de musicais. Adorei! curiosamente, não fui a única, até o P. gostou do espectaculo! Gostei tanto que já ando a pensar ir a Nova York ver o Fantasma da Opera!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ausência

Estes dias sem mensagens significaram uma coisa: conferência e amigos e turismo e computador avariado. Nada de mais grave...prometo muitas histórias em breve !

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Rachel Getting Married

Não que tenha nada a ver com Boston ou Harvard, mas ontem lá fui à caixinha vermelha buscar o Rachel Getting Married. Já tenho por experiência que quando um filme gera alguns rumores entre a crítica, isso pode ser uma de duas coisas: ou não presta, ou é mesmo muito bom :)! E também já tenho por experiência que a expectativas podem dar cabo de um filme. Em relação ao presente, esperava mais, do filme e da Anne Hathaway. Nada no filme é surprendente: uma drogada em reabilitação que procura voltar a encaixar na família, a mesma família que esta ajudou a destruir. Um casamento onde se encontram todas as referências folclóricas do mundo e das várias épocas: da Índia ao Brasil, dos anos sessenta ao presente. É fácil não perceber o sentido desta mistura. É fácil não sentir nada por nenhum dos personagens. É fácil fazer fast forward durante toda a cerimónia...Não era para Oscar, e a Anne, acho que ainda vai fazer mais umas vezes de princesa...fica-lhe melhor!

XOXO

By the way: o filme ganhou o Independent Spirit Award acho que é logo para desconfiar!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Red Box

A Red Box é uma caixinha mágica que transforma o meu cartão de crédito em filmes! Já o transformou no Maid of Honor, no Smart People e no The Visitor. Preço: 1 dollar por cada dia que eu tiver o filme! Não é um espectaculo? A selecção de filmes não é grande coisa (agora quero ver o Rachel Getting Married) e depois acho que acabaram os filmes interessantes...ficamos com as americanadas manhosas tipo Tropical Thunder (se não souberem o que é perguntem ao Miguel !).

Ora bem, curiosidade: para além do chick flick Maid of Honor (meninas nunca vejam isto com o vosso respectivo, ele vai ficar muito enjoado...), os outros dois filmes são a história de professores universitários, que sentem que a vida não faz sentido, que estão desmotivados e que vivem no seu mundinho (qualquer semelhança com a vida no ISEG é pura coincidência!.) .Depois, um qualquer evento muda completamente o modo como vêm a vida. No Smart People, é uma gravidez inesperada, no The Visitor, é um casal de emigrantes clandestinos. Andará o universo a querer dizer-me alguma coisa?

XOXO

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Gossip Girl em japonês

Quem me conhece bem sabe que adoro determinadas séries: sou fã do Sex and the City, do Friends e da Ally McBeal. Gosto do Dr. House e do CSI e sou louca pelo LOST. Na viagem para Boston, fiz escala em Londres e deixei-me seduzir pelo preço baixo dos DVD. Comprei a primeira série de Gossip Girl e de Lipstick Jungle. É verdade...ambas se passam em Nova Iorque, mas são muito diferentes. A primeira fala da vida de um grupo de adolescentes da classe alta nova-iorquina. Adolescentes que bebem cocktails e têm relógios de dez mil dólares. Adolescentes que viajam para Paris, como quem vai comprar pão...é exagerado, mas os actores e os adereços (estou a falar da roupinha das meninas) valem mesmo a pena!
A segunda é da mesma escritora do Sex and the City, e tem um estilo muito semelhante: a vida de três amigas que partilham os seus sucessos e insucessos profissionais e pessoais. Não é o Sex, mas não é mau de todo. Com o tempo que passei em casa, devorei estas duas primeiras séries num piscar de olhos, e fiquei a querer mais... Fiz de tudo para encontrar o Gossip Girl na internet. E encontrei...tenho visto quase um episódio todos os dias...e nem as legendas em japonês me desmotivam!
Hum...se calhar devo sair mais de casa!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Um bocadinho de Portugal

Dos meus tempos de emigrante na Bélgica ficaram algumas marcas: a emoção de ver uma bandeira portuguesa à janela, o sabor dos pastéis de bacalhau do Sr. Joaquim, o dono do café Régua, as músicas do Quim Barreiros e do Tony Carreira. Dos meus tempos de emigrante ficaram as viagens ao café Lisboa, rival do Café Porto, em Notting Hill, só para comer um pastel de nata. Dos meus tempos de emigrante ficou a alegria das pequenos sinais da Lusitânia em terras longínquas. Ora, é bem verdade que Portugal é país de emigrantes, e eu já sabia que seria fácil encontra-los em New Jersey, ou que havia uma grande comunidade de luso-descendentes em Provincetown (cliquem aqui para uma coisa surpreendente...). Agora que Somerville fosse terra de portuguesas...essa é novidade. Desde estátuas da Nossa Senhora de Fátima no jardim, aos azulejos do Senhor Santo Cristo....já vi de tudo. Estas são algumas fotos que tirei en Inman Square (mais ou menos o Soho aqui da zona).















À esquerda, um restaurante e à direita a concorrência (será um franchisado da Cervejaria???)















Aqui temos a Igreja de Santo António e pasme-se, a Filarmónica Santo António, que espero esteja já a preparar o repertório para os Santos Populares!
Os santinhos (e vestidos de comunhão) vêm desta loja cuja montra vos mostro aqui em baixo! A mesma que vende os fantásticos CD de grandes sucessos da música nacional.















Alimentado o corpo e o espírito neste regresso às terras de Portugal, não podemos esquecer o nosso lado material! E para isso cá temos o Banco.












Esta visita fica completa com uma instituição muito especial, a que reúne todos os bigodes tugas da região. O único lugar onde é natural ouvir Atão Manel, como é a life? Beautiful?...Go Faialense!!!

sábado, 28 de março de 2009

Semaninha....

Esta semana foi o Spring Break. Os meus colegas aproveitaram para ir até paragens mais quentes, enquanto eu fiquei aqui a ver se terminava uns artigos. Este era o meu objectivo. É claro que o que aconteceu foi que o Spring Break foi um Total Break...um eye-break, um computer-break, um ipod-break e um internet-break. Se juntarmos a todas estas avarias 3 lampadas fundidas percebemos que a semaninha podia ter sido melhor...Felizmente está a acabar e uma coisa é certa: a próxima semana só pde ser melhor!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Olho recuperado...computador avariado!

Ora bem, começo a achar que o universo me quer fechadinha em casa... Depois de ter recuperado o meu olhito esquerdo, avariou-se o carregador do computador. Faz mau contacto e funciona só numa posição. Nem me atrav0 a mexer-lhe. Conclusão...não posso ir trabalhar para lado nenhum. Resta esperar que chegue o novo carregador que encomendei no e-Bay. Entretanto...vou ficando por casa.

XOXO

terça-feira, 24 de março de 2009

Olho...

Com tantas coisas para contar de Harvard e de Boston, aquilo que vos conto hoje é decerto o menos interessante. Estou de molho. Hoje não há investigação, nem filmes, nem TV, nem livros. O meu olho esquerdo avariou-se. Provavelmente devido a uma ou mais das seguintes opções:

1) uso excessivo do computador
2) leitura excessiva
3) picada de insecto
4) pressão devido à mascara para dormir.

Pois, hoje de manhã acordei com uma dor no olho e não conseguia focar. Já me estava a ver com uma pala à pirata. Durante o dia foi melhorando (fui à farmácia buscar uns pingos...) Mas ainda assim é um dia chato à brava. Nem posso ir dar um passeio porque está um frio de rachar. Em resumo: estou aborrecida. Vou ao The Biscuit beber um chocolate quente.
XOXO

sábado, 21 de março de 2009

Attila Ambrus - Encontro 1

No dia após a minha chegada a Cambridge, tinha um almoço marcado com o meu patrocinador aqui: Attila Ambrus. Se quiserem saber quem é vão o google...não, não é o "famous hungarian robber" que aparece logo em primeiro lugar...esse está bem longe numa prisão de alta segurança, é o tipo com um sorriso simpático que aparece como professor associado na universidade de Harvard. Estava um bocadinho nervosa, com ansiedade de performance: "e se ele pensa logo que eu sou burra?..." Bom, mas estava combinado e lá fui eu. O Attila é um tipo simpático, um inglês impossível de compreender, mas simpático. Aqui não se perde tempo. A primeira pergunta é: "so, what do you research on?". É uma boa pergunta. É uma pergunta à qual eu não sei responder desde que estou no ISEG. Faço investigação em cenas...assim...das empresas...Bom, aqui essa resposta não serve...O almoço com oAttila foi breve, mas deu para perceber que aqui "they mean business!". E eu tenho que pedalar!

XOXO

quinta-feira, 19 de março de 2009

Máquina de lavar

Lavar a roupa não é uma tarefa interessante. Mexer na roupita suja, dividir as cores, e sobretudo esperar que a máquina acabe de lavar. É aborrecido. Tirar a roupa da maquina e estende-la é chato. Mas chega um dia em que tem de ser feito (quando se está fora, esse dia é o dia em que se vê o fundo à gaveta das meias ou das cuecas...) Pois é, o dia chegou ontem e depois de muito bufar e adiar, lá tive de me render à evidência de que tinha de lavar a roupa. A escura - pensei eu - ainda não tenho branco suficiente para uma lavagem. E assim foi. Entrei na lavandaria (sim, eu tenho uma lavandaria!) e dediquei-me a ler o livrinho de instruções da máquina de lavar e da máquina de secar. Qual não foi o meu espanto quando percebi que o ciclo maior durava 15 minutos. 15 MINUTOS!!! Bom, lá fiz a minha lavagem que durou ainda menos. Acabada a lavagem, pus tudo na secadora que demorou uns 20 minutos. Tudo somado três quartos de hora e tinha tudo lavadinho. AMEI! Estou rendida. Mas como é que alguém vive sem estas máquinas?

quarta-feira, 18 de março de 2009

O efeito nocivo dos After Markets

Nos EUA é possível comprar e vender tudo em segunda mão. Há muitas maneiras de o fazer e a mais fácil é recorrer ao Craig's List, um site em que as pessoas anunciam as suas quinquilharias. E não só, também é um site de encontros; de arrendamentos e de emprego. Bom, desde que encontrei o meu cantinho de Beacon Pl no site que fiquei fã.

A minha última aquisição foi uma impressora. A dita custou-me $10 e está em perfeitas condições. O vendedor, um aluno de doutoramente em electrotecnia no MIT. Um cromo.

Bom, contentíssima com a minha aquisição lá me dirigi à Staples, para comprar cartuchos e papel. Mal me tinha eu lembrado de um princípio básico da economia industrial. O malfadado príncipio dos aftermarkets.

Para quem, por sorte do destino não sabe que príncipio é esse, aqui fica: quando se vende um produto durável (a dita impressora) que utiliza consumíveis exclusivos (os cartuchos), a forma de maximizar o lucro é: cobrar pouquinho pela impressora e muitíssimo pelos cartuchos.

E assim lá paguei $60 em cartuchos! Malditos Economistas! Malditos After Markets!

terça-feira, 17 de março de 2009

U2 em Somerville



Não sendo uma grande fã dos U2, gosto de algumas das músicas. O último album foi lançado há pouco tempo e os críticos e conhecedores dizem não trazer muito de novo à discografia da banda. Eu cá não sei, sei que na semana passada os U2 actuaram nem mais nem menos do que no Teatro de Somerville. Para quem está distraído, Somerville é a localidade onde vivo aqui em Boston. Pois é: escolheram o teatro de Somerville com apenas 9000 lugares para apresentar ao vivo o seu último trabalho. É claro que a excitação foi imensa e os poucos convidados para assistir ao concerto foram aliciados com centenas de dólares pelo seu lugar. Um bilhete chegou a custar $12000! É preciso ser fã! Eu cá, fiquei em casa.

XOXO!

domingo, 15 de março de 2009

CIF e Colheres de Sopa

Ora bem, para quem achava que os EUA eram a meca do desenvolvimento., desengane-se. Aqui a vida quotidiana ainda é como em Portugal nos anos 80: os produtos no supermercado são etiquetados à mão (quem é que não se lembra das etiquetas amarelo-fluorescente, que nos indicavam quantos escudos nos custava o produto?); o pão é embrulhado em papel pardo (e não há cá pinças nem saquinhos de plástico...vai mesmo à mão (ai a ASAE!). Pior, nos anos 80 em Portugal, já se tinha inventado um produto essencial que hoje em dia ainda não existe nos EUA: o CIF. Quem alguma vez tenha tido que limpar uma casa de banho ou uma cozinha, sabe que o CIF é mais do que essencial. É imprescindível. Cá não há. Será que não limpam. Mantém-se a dúvida.

Daqui às colheres de sopa, vai um salto aparentemente ilógico. Mas não é: colheres de sopa - também não há, nem de plástico, nem na cantina, nem em lado nenhum. Conclusão...há três dias que como a canja com colher de sobremesa.

Aos primeiros convidados, avisa-se: esta casa tem uma política de BYOS (que é como quem diz em "amaricano": bring your own spoon!)

sábado, 14 de março de 2009

The Biscuit


Para os seguidores da série Ally McBeal passada em Boston, The Biscuit tem um significado especial. Era a alcunha de John Cage, o bizarro e adorável amigo de Ally e a sua mais declarada alma gémea.

Até ontem, para mim, The Biscuit era aquele advogado brilhante, com todas as suas manias e tiques, que conseguia derrotar de forma muito pouco ortodoxa os seus adversários em tribunal.

Hoje The Biscuit é a padaria/pastelaria mais adorável que conheci! E é mesmo ao lado da minha casa! Tem um pão que parece saído dos fornos das nossas avós e é gerido por miúdos da nossa idade. Não consigo lembrar-me de um trabalho mais recompensador. Nem de scones melhores!

Mais vantagens, as pessoas vão para ali trabalhar e ler. Acho que vai ser um dos meus cantinhos enquanto aqui estiver.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A cantina do Harry Potter

Ontem fui finalmente à universidade e a emoção era grande.Tão grande que, mesmo tendo o mapa me perdi várias vezes. Na maioria dos casos, porque me distraía a olhar para os edifícios e para as pessoas. O edifício que me aparecia indicado no mapa como sendo o departamento de economia, acabou por se revelar a cantina da faculdade. Quando entrei acho que até me tremeram as pernas de excitação. Parecia que estava na cantina do Harry Potter, e que tinha entrado no mundo mágico de Hoggwarts! Fica a foto que não me deixa mentir.

terça-feira, 10 de março de 2009

22 Beacon Place, Somerville.


Casa é onde penduramos o chapéu. Ontem depois de doze horas de viagem cheguei finalmente ao destino. Não consegui ir dormir sem arrumar todas as minhas coisas. Casa é onde penduramos o chapéu e o meu ficou logo pendurado.

A casa é um mimo. Tudo novo, alegre e cheio de bom-gosto.

Aqui à esquerda está o meu quarto, grande e luminoso! E à direita é a sala (que confesso estar muito mais arrumada na foto do que na realidade) !

Fica o convite feito, não faltam camas para convidados!

segunda-feira, 9 de março de 2009

O salto

Há uma semana que não durmo mais do que quatro ou cinco horas por dia. Felizmente chegou o dia da viagem. Ontem à noite tive o meu momento "mas porque é que eu me meti nisto". Chegaram-me a faltar as forças e lá choraminguei um bocadinho. Mas foi só um momento, uma mariquice. Passar quatro meses em Harvard vai ser a melhor coisa que decidi fazer nos últimos tempos. É claro que assusta. Alguém me disse que todos nós atingimos, mais cedo ou mais tarde o nosso nível de incompetência. Vamos subindo e saltando barreiras até que um dia a barreira é demasiado alta e ficamos por aí. Na maioria dos casos continuamos a ver pessoas que saltam essa barreira. E outras que nem sequer tentam. Desta vez a fasquia está alta. Harvard. A meca da investigação em economia. Agora é tomar balanço e dar o salto.